quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Ruas da cidade


 


 

 
Pelas ruas da cidade

Um amor pra eternidade


Não importa a idade
Nem a maturidade
 
Sem reciprocidade
Não há estabilidade
 
Nem quantidade
Que traga felicidade
 
APB

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Desejo


 
 
Humanizar as relações, na contramão da evolução tecnológica, é a única saida para a raça humana. Retomar valores, ressignificar contatos, (re)aproximar pessoas -no real sentido da palavra.

Desde que o mundo é mundo, nos conectamos aos nossos semelhantes para suprir necessidades básicas de sobrevivência. E não apenas por questões práticas, como segurança e moradia, mas também por questões mais subjetivas como afeto, conforto e pertencimento.
Com o avanço tecnológico e, com ele, o mundo globalizado, as pessoas se tornaram meros números - algoritimos -  e perderam  a conexão com a essência. Ganharam de outras formas, é bem verdade, mas a que custo?
Está na hora de fazermos uma avaliação consciente e reconectar o ser humano à sua rota inicial. Com a bagagem das novas ferramentas adquiridas, aprendizados, erros e acertos, mas valorizando o que realmente tem valor. Ao longo do tempo, fomos perdendo o respeito. Fomos ficando egoístas e nos deixando atingir pela violência proveniente deste fato. Vivemos em um mundo onde a agressividade está em alta, a necessidade de estar em prontidão, com demandas que nos sugam até a ultima gota, faz com que coloquemos em segundo plano a nossa necessidade de silencio, principal fonte nutridora da alma. Recebemos estímulos sem fim. Repetimos atos e atitudes sem podermos manifestar o diferente. Como resultado, estamos esgotados. Sem fôlego e perdidos. Perdidos de nós mesmos.  A humanidade segue cega. Sem pensar, somos manada.
Nunca antes na história houve tamanha falta de empatia (e liberdade também). A alteridade, se é que existiu um dia,  é item obsoleto. Somos compelidos a emitir opiniões sobre tudo, o tempo todo. Precisamos nos posicionar, tomar partido. Falamos, escrevemos, comunicamos...
Mas será mesmo?
Nunca antes dialogamos tão pouco. Saber escutar de verdade (o outro e a si mesmo) entrou em desuso. Como uma lingua antiga, esquecida por todos.

O meu desejo para este Natal é que cada um (re)coloque em sua árvore- lá bem no alto- a esperança de um Mundo Melhor.  Que ela permaneça vibrante, mesmo depois das Festas. (Re)force laços, (re)aproxime pessoas e (re)ligue corações. Com fé, calma e alma. 
Que, ao priorizarmos a qualidade do tempo, (re)aprendamos a linguagem do amor.

E juntos sejamos agentes catalisadores de transformações positivas no novo ano.
Que assim seja!

Temos muito trabalho pela frente.
Não será um ano fácil, mas quem disse que seria?

Feliz 2020!

 
APB